quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Breve Despedida

Não escreverei mais minhas palavras,
Não quero mais,
Não suporto mais,
Por muito tempo..
Quem sabe..
O Eterno ficou insignificante,
Não tive tempo de desfrutar o amor
Foi tão rápido que nem me lembro..
Voltarei á cela da solidão..
Não sei quem me salvará dessa dor..
E realmente espero que ninguém tenha coragem..
Pra não se arrepender amargamente!!!




Strani amori

Mi dispiace devo andare via
Ma sapevo che era una bugia
Quanto tempo perso dietro a lui
Che promette e poi non cambia mai
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi

E lo aspetti ad un telefono
Litigando che sia libero
con il cuore nello stomaco
Un gomitolo nell'angolo
Lì da sola, dentro un brivido
Ma perché lui non c'è

E sono strani amori che
Fanno crescere e sorridere
Fra le lacrime
Quante pagine lì da scrivere
Sogni e lividi da dividere
Sono amori che spesso a questa età
Si confondono dentro a quest'anima
Che si interroga senza decidere
Se è un amore che fa per noi

E quante notti perse a piangere
Rileggendo quelle lettere
Che non riesci più a buttare via
Dal labirinto della nostalgia
Grandi amori che finiscono
Ma perché restano nel cuore

Strani amori che vanno e vengono
Nei pensieri che lì nascondono
Storie vere che ci appartengono
Ma si lasciano come noi

Strani amori fragili
Prigionieri, liberi
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi

Strani amori fragili
Prigionieri, liberi
Strani amori che non sanno vivere
E si perdono dentro noi

Mi dispiace devo andare via
Questa volta l'ho promesso a me
Perché ho voglia di un amore vero
Senza te

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Vem, doce morte


Vem, doce morte. Quando queiras.
Ao crepúsculo, no instante em que as nuvens
desfilam pálidos casulos
e o suspiro das árvores - secreto -
não é senão prenúncio
de um delicado acontecimento.

Quanto queiras. Ao meio-dia, súbito
espetáculo deslumbrante e inédito
de rubros panoramas abertos
ao sol, ao mar, aos montes, às planícies
com celeiros refertos e intocados.

Quando queiras. Presentes as estrelas
ou já esquivas, na madrugada
com pássaros despertos, à hora
em que os campos recolhem as sementes
e os cristais endurecem de frio.

Tenho o corpo tão leve (quando queiras)
que a teu primeiro sopro cederei distraída
como um pensamento cortado
pela visão da lua
em que acaso - mais alto - refloresça.

Henriqueta Lisboa

Novo poema da tristeza


Deixei passar a ronda lenta
De muitas luas,
Mas a minha tristeza não diminuiu...
Longe, longe,
O céu agora é deserto,
Como se houvesse morrido,
Como se houvesse acabado...
Sozinha, no meu luto,
Ergo as mãos,
Cheias de lágrimas,
Em oferenda...
Eleito, ó Eleito
Não me vês,
Não me ouves,
Não me queres!...
E vais deixar-me ficar assim
Toda a vida...
Oh! tem pena, ao menos,
Das aves,
Que podem vir beber
Nas minhas mãos,
E endoidecer depois,
Pelos ares,
Da tristeza que me endoidece...
Eleito, ó Eleito,
Deixei passar a ronda lenta
De muitas luas,
E a minha tristeza não diminuiu!...

Cecília Meireles

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Póstumo de um coração



Os nós que nos cingiam, embora etéreos,
Eram indissolúveis, invisíveis,
Elos marcantes imantados de amor,
Tentei esquivar-me,
Mas havia um universo além de nós dois,
Então, te amei com toda intensidade,
Além dos meus próprios limites.
Eu procurei sentir algo no infinito
E me deparei com o deserto,
Agora somos como o sol e a lua,
Tão distantes...
E se eu não posso te amar,
Por que deixas a tua sombra me perseguir
Teu silêncio segue minha mente
Teu semblante me aquece
Renunciaste uma oportunidade única
Mas se nunca tivesse te conhecido,
Não saberia o que é amar
E nem o gosto da dor de te perder
E Agora aqui estou...
Acorrentada por um amor intermitente
Por sentimentos confusos e inexpressivos
Uma dor excruciante e inexpugnável
Dias auspiciosos esperados
Se transformaram em infortúnio
Dor que enfeitiçou a minha alma,
Foram despercebidas, mas nunca esquecidas,
Permanecem abertas e adormecidas
Em forma de profundas feridas.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Crispações


Vejo ao fim do horizonte um nevoeiro negro
Nele sufoco-me, perco-me e meus olhos ficam úmidos
neste céu transfigurado que se sustenta no ar.
Abaixo está a metrópole tal qual um formigueiro, nela
defronto-me comigo, embora seja um produto do meio
tento uma transmutação.

O que sou agora? O que faço aqui esquecida por todos
e ao lado desses corpos? Para onde caminho? Por que
me pisam, me chutam, meus gritos não fazem diferença
sou apenas mais um entre tantos que gritam a mesma dor,
minhas lágrimas são ignoradas.

Agora caminho por entre as esquinas de um canto
qualquer, vejo Deus com as mãos estendidas pedindo:
esmolas, água, comida, ajuda, amor e todos com
seus olhos fotográficos vêem apenas um retrato.

Sou agora o amor e com um valor sou comprado por
fracos, ignorantes que fraquejam atrás de uma felicidade
em que muitos sonham ter e poucos a encontram.

Estou deitada em uma calçada, ao meu lado dormem
como eu meus amigos, ou será meus irmãos? seus sonhos
em busca de um lar, uma mãe, amor e carinho são
interrompidos por um ruído qualquer que os fazem
melancolicamente relembrarem uma chacina.

Testemunha de um assassinato, roubo, ambições, falta de
amor, solidariedade; tristeza, luz, do luar melancólico.
Abro os olhos, a janela e fora sou personagem do meu sonho.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

12 de Junho (...) A sua Ausência



Percebi tua ausência hoje
Senti no peito a dor sufocante
de quem sofre por amor

era o suplício de um coração
iludível e dominado
por um afeto violento

tentei comentar o amor
estava sereno,carente
a dor regurgitou-me no peito.

Que fosse volúpia enérgica
carvão incandescente
que acendesse o fogo inocular
da alma de um ser insciente
do ato de amar

mas deixou-me em prantos
mágoas derradeiras
o coração em desencantos
por noites e noites inteiras.

Fantasiei tua imagem desnuda
me perdi na escuridão sombria
a vida esgotou-se muda
no último degrau da escadaria.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Querida Elanor (Yuki)...


Que teu brilho sempre ofusque os que o mal desejam
Que tuas delicadas pétalas douradas jamais se sequem
Que teu doce perfume suavize a dor dos que te rodeiam
Que felizes sejam os que verdadeiro amor por ti sentem

Que tuas lágrimas fertilizem as sementes da felicidade
Que tua voz seja uma música suave levada na brisa
Que teus versos façam chorar a mais rude e dura alma
Que teu sorriso dê esperança aos que almejam a Vida.



Thiago Barbosa, São Paulo, 03 de junho de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

2°Momento de Nostalgia


Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz. Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado. Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo (da noite Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Vinicius de Moraes

Apenas um momento de Nostalgia


EU

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! ...
Sou aquela que passa e ninguém vê ...
Sou a que chamam triste sem o ser ...
Sou a que chora sem saber porquê ...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca

terça-feira, 14 de abril de 2009

O que será... Se foi...



Caminhando dentro das noites
Contando estrelas e, passando o tempo
Sonhando com os dias de verão
Ilusionando sobre o sol, nós dois e o amor
Eu vejo as estrelas à milhas e milhas distantes
Procurando o teu amor,
Eu vago pelas noites solitárias de inverno
Sonhando pela noite... Suas lembranças me assolam
Parece que foi ontem,
Eu acho que você sabia que eu não podia ficar, para fazer algo por você que você não quer
Por isso imploro:
"Senhor das estrelas", ajude-me a encontrar o meu amor
"Senhor das estrelas", ajude-me esta noite a encontrar o meu amor
Este é um momento tão difícil para mim
E eu gostaria de estar com você novamente, mas...
Eu provei teu amor e acabei de perdendo de vez... E...
O mundo está em chamas e ninguém pode me salvar
Á não ser você, mas você não consegue e não tem forças para isso.
É engraçado como as pessoas ficam tolas por alguém,
Eu nunca imaginei conhecer alguém igual á você,
Eu nunca imaginei perder alguém igual á você,
Eu lutarei para tirar você da minha mente
Porque do coração não sai, você é especial, mais que especial.
Que maldade nós fizemos um com o outro!
Deixando-nos sonhar um com o outro sem sabermos,
Por que nós nos torturamos?
É...
Mas ninguém é de ninguém. E ninguém é de ninguém.

Quando eu te perder


Quando eu te perder
Não terei histórias para escrever

Não terei palavras pra dizer
Dizer que eu amo muito você

Quando eu te perder

Pode virá uma explosão
De um grande vulcão em erupção
Por ter tido você em minhas mãos
Quando eu te perder
Pode aumentar a minha dor
Viver chorando seja onde for
Por não ter um grande amor
Quando eu te perder

Vai chover eternidades

Acabando com minha felicidade
Vou sentir muita saudade
Quando eu te perder

Eu vou dizer como me chamo

Nas águas de um lindo oceano

Dizendo o quanto eu amo você!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Plenilúnio



Sempre que puder olhe para lua,

Estarei olhando pra ela,
Olhe firme com a certeza de alcançá-la,
Estarei com o mesmo objetivo

Tentando te encontrar então,
Tentando dizer o que sinto
Procuro você sem cessar

Sinto que estou tão perto de você
Longe da tristeza eu encoberto
São tempos que se passam
E minha intensa vontade de te amar

Sempre com um futuro
Insolente destino que te levou
Sem desistir eu te procuro

Tentando te encontrar então,
Tentando dizer o que sinto
Procuro você sem cessar

Vejo sua face em qualquer lugar
Procuro sempre olhar pro luar
Pois sei que lá estará
Um firme desejo de te amar.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Solitária Noite


Esta Noite eu lembrei de você
pois estou só, olhando as estrelas.
E daqui a pouco, verei o sol nascente
testemunharei o milagre da vida, sem te ter.
Sabe, já não tenho a pureza de ver tudo isso sem rancor.
Até mesmo esta solitária noite
em que tenho compaixão daqueles que sofrem do mesmo mal que me devora.
Sim, esse sentir que devassa, que arranca nossas forças
que queima por dentro e nos faz desfalecer a exaustão de viver.
Nesta solitária noite
queria arrancar o amor d'alma com a adaga e assim
poder esperar a próxima noite quem vem caminhando com calma.